Escrito por Augusto Gaia
A Warner Bros Games, distribuidora do FIFA no Brasil, realizou no dia 1º de agosto, a anual WB Games Summit, evento em que toda a mídia especializada do Brasil pode testar o FIFA em primeira mão e passar suas impressões para os consumidores.
No palco, não tivemos novidades na apresentação. Todos os vídeos e informações que a EA já havia divulgado em suas redes sociais, foram reexibidas no telão do cinema do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, mesmo local em que o evento ocorreu no ano passado. Neste ano, no entanto, nem o Tiago Leifert falou sobre suas novas falas no FIFA 19.
Se por um lado a apresentação foi decepcionante – devido à falta de novas notícias relacionadas ao jogo da EA – não podemos dizer o mesmo da versão build do FIFA 19 da qual tivemos acesso.
A versão era a mesma da E3, na qual tínhamos 3 estádios: o Juventus Stadium, o Santiago Bernabéu e o Wanda Metropolitano (esse em especial apresentou animações dos jogadores nos túneis, antes de irem para o gramado). Entre as equipes disponíveis, tivemos 9 clubes europeus: Atlético de Madrid, Bayern de Munique, Borussia Dortmund, Juventus, Manchester City, Manchester United, PSG, Real Madrid e Tottenham.
Entre as novidades da jogabilidade na edição deste ano, destaque para as táticas dinâmicas, que vão influenciar nas partidas muito mais que no FIFA 18. São inúmeras formas de jogar nas diversas formações disponíveis no jogo e nessa versão build, elas funcionaram bem: um time com amplitude aberta, tomará gols pelo meio mais facilmente, ao mesmo tempo que se você liberar os laterais, apenas os zagueiros ficarão sozinhos na defesa.
A “Retranca Total” (famoso Park The Bus) foi removida do FIFA, então segurar a bola na defesa agora já não é tão vantajoso quanto no FIFA 18. O “Todos no ataque” é mais efetivo nessa versão e os jogadores vão pressionar mais a defesa. E por falar nisso, um lado negativo é que a defesa ainda continua bastante automática… A EA adicionou ainda uma nova setinha (agora são duas!): uma é a que já tinha, que define qual jogador você está controlando e a segunda define qual jogador está “na sobra”, facilitando na hora de defender. O lado negativo é que se no modo online, as duas setinhas do seu time estiverem visíveis para o adversário, isso poderia prejudicar a criação das suas jogadas ofensivas, já que o adversário teria uma noção melhor do que você pretende fazer.


Já os passes estão mais lentos e os jogadores, no geral, estão demorando para dominar a bola. O índice de acerto do passe vai variar de acordo com a posição: senti que se o jogador estiver bem posicionado, os passes estão mais fáceis de se acertar, mas se o jogador estiver mal posicionado, o índice de acerto não será tão alto.
Em relação ao novo sistema de chutes, será necessário um pouco de treino para se acostumar: você terá que apertar o botão de chute pela segunda vez no momento certo, caso contrário, o seu chute sairá fraco ou passará bem longe do gol. A nova barrinha de chute só fica visível quando o Treinador FIFA estiver habilitado e pode ser desativada, voltando para o antigo sistema de chutes do FIFA 18, nas configurações. Os chutes rasteiros (dois toques no botão do chute) estão menos apelões e menos efetivos.
Não percebi grandes mudanças nos goleiros e nos gráficos, mas a torcida ganhou bandeirões e os torcedores receberam uma maior variedade de movimentos, não há tantos “clones” como no FIFA 18. No geral, o FIFA 19 é mais rápido que o FIFA da Copa do Mundo e mais lento que o FIFA 18.
Na versão disponível pra gente, não tivemos acesso ao Ultimate Team, The Journey, Modo Carreira, Pro Clubs, nem ao novo modo Kick-off. No modo amistoso, que simulava a final da Champions League, notamos uma mudança nas fontes dos números da camisa do Manchester United, que serão especiais para a competição europeia e diferentes quando a equipe inglesa jogar na Premier League. As camisas dos times agora também apresentam um patch nas mangas, com o número de títulos de Liga dos Campeões que o clube conquistou. As animações de título, por outro lado, não sofreram grandes alterações, sendo praticamente uma cópia das últimas edições.
O clima dinâmico, que todo ano é relembrado, ainda não esteve presente nesta versão. As partidas só puderam ser disputadas à noite e sem opção de habilitar a chuva.
Sobre as novas faces, percebemos que muitas ainda estavam desatualizadas. Nos trailers, por exemplo, o atacante do PSG, Cavani, já tinha um rosto novo, enquanto que na versão build que tivemos acesso, tinha a mesma face do FIFA 18. Logo abaixo, fizemos um vídeo onde reunimos todas as novas faces que já foram divulgadas em trailers e fotos oficiais:
Apesar das gameplays vazadas darem a impressão de que o FIFA 19 é um FIFA 18.2, na prática, com o controle na mão, percebemos que é um jogo bem diferente do 18. A versão desse ano tem um grande potencial, mas a primeira atualização das versões anteriores nos dão no mínimo uma certa desconfiança. Pagar R$ 239,90, preço da versão mais barata do jogo, na pré-venda, só é válido se você é um fã incondicional do jogo e vai comprar o jogo independente de qualquer análise e review. Se você é uma daquelas pessoas que prefere segurar a grana e aguardar mais um pouco, recomendamos testar a demo do FIFA 19 (deve sair no dia 11 de setembro) que costuma trazer uma versão próxima do produto final.
E se ainda assim você continuar desconfiado e quiser pagar menos pelo produto, poderá aguardar até o final de dezembro ou início de janeiro, período do ano em que o FIFA costuma entrar em promoção. Na última edição não tivemos essa alteração no preço tão visível por conta da DLC da Copa do Mundo, que aumentou um pouco mais da vida útil do jogo.
E aí, será que a EA vai acertar a mão dessa vez?
O FIFA 19 tem seu lançamento marcado para o dia 28 de setembro de 2018 e estará disponível no Playstation 4, Xbox One, PC, Nintendo Switch, Playstation 3 e Xbox 360.